Um grande amor nunca se faz sem entrega, e se não há
entrega, então é porque não há amor.
É como quem ama a vida, nunca tem medo de se entregar a
ela, mesmo que isso lhe custe a sua própria existência.
Quem tem medo da vida e da vontade, acaba por não viver.
Eu só sei amar assim, com as mãos estendidas e o coração
sem defesas. Chamem-me romântica. Eu acho que sou
apenas lúcida. Se não viver assim, com o coração fora do
peito, embalada por um sonho que me aquece o corpo e o
espírito, sei que a tristeza pode tomar conta da minha vida e
a seguir à tristeza ou vem a indiferença ou a loucura, que
afinal podem ser e tantas vezes são a mesma coisa.
É preciso saber viver o amor, esquecer mágoas , matar
inseguranças e acreditar que vale a pena amar alguém, que
vale a pena partilhar o nosso amor, mesmo que quem o
recebe não saiba abrir as mãos para o agarrar.
O que eu mais gosto no amor é que, quando é a sério, cabe
tudo lá dentro.
É mais do que querer, desenhar, sonhar e amar. É partilhar
a vida inteira, numa entrega sem limites, como mergulhar no
mar sem fundo ou voar a incalculáveis altitudes.
O amor é muita coisa junta, não cabe em palavras
nem em beijos, porque nos leva ao "sim", mesmo por
caminhos que
nem ele mesmo conhece, por isso quem ama se repete sem
se cansar e tudo promete quase sem pensar, porque o
amor, quando é a sério, sai-nos por todos os poros, até
quando estamos calados ou a dormir.
"Não se ama pelas qualidades. Nem por isto ou por aquilo.
Ama-se simplesmente, e sobretudo ama-se apesar deste e
aquele defeito."
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