Relógio

quinta-feira, 1 de março de 2012

Só o amor é real

Para cada um de nós, existe alguma pessoa especial. 


Muitas vezes, existem duas, três, ou mesmo quatro. 


Todas vêm de gerações diferentes.

Atravessam oceanos de tempos e profundidades celestiais 


para estarem conosco novamente.


Vêm do outro lado do céu. Podem parecer diferentes, mas 



nosso coração as reconhece.

Nosso coração as abrigou em braços em tempos antigos.

Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que 


a História esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas 


cobertas de areia dos Homens Antigos.

Há entre eles e nós um laço eterno, que nunca nos deixa 



sós.

A nossa mente pode interferir.

"Eu não te conheço".

Mas o coração sabe.

Ele toma a nossa mão pela 'primeira' vez, e a lembrança 


daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma 


corrente que percorre todos os átomos do nosso ser.

Ela olha em nossos olhos e vemos um espírito que nos vem 


acompanhando há séculos..

Há uma estranha sensação em nosso estômago. Nossa pele 



se arrepia. Tudo o que existe fora desse momento perde a 


importância.

Ele pode não nos reconhecer, muito embora tenhamos 


finalmente nos reencontrado, embora o conheçamos. 


Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro. Mas ele 


não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe 


os olhos com um véu. Ele não permite que afastemos o véu.


Choramos e sofremos, mas ele se vai. A 'natureza' tem seus 


caprichos.

Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de 


explodir com força igual.

O reconhecimento do espírito pode ser imediato.

Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela 



pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente 


poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais 


íntimos membros da família.. Ou ainda mais profundos.

Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir. 



Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior 


do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana 


ou um mês.


O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento.

Um despertar da consciência à medida em que o véu vai aos 


poucos levantando. Nem todos estão prontos para ver 


imediatamente.

Há um ritmo nisto tudo, e a paciência pode ser necessária 


àquele que percebe primeiro.

Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem 



fazer com que despertemos para a presença do espírito.

O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos 


despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida.


O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, 


de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal.

Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os 



séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que 


estamos juntos sempre, até o fim dos tempos.


(Brian Weiss)



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