Relógio

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Simples assim...



Nunca gostei de "mas" ou "porém". Gosto de uma sentença só, direta, sem rodeios, sem curvas nem contradições. Gosto de pessoas que dizem o que querem, o que sentem, que facilitam... 
Odeio metade, sou inteira em tudo. Ou amo ou não, ou quero ou não...
Gosto de saber onde piso, de ter as placas de aviso, para que decida se vou segui-las ou não. Detesto passos no escuro...
Gosto de mão que se encaixa, de palavras que esclarecem, ou de gestos que nem precisam de nenhuma palavra...
Se eu pudesse escolher, seria tudo descomplicado, dia de acordar cedo nunca teria chuva nem seria nublado, comida sempre seria a mineira, e a gente só gostava de quem gostava mesmo da gente.
Se eu pudesse escolher, andaria mais leve, sem tanto peso de tentar entender, decifrar o que me dizem, tentar ler nas entrelinhas, quando poderia ser tudo mais simples. Eu gosto da clareza das coisas, de poder ler as pessoas, sem precisar de dicionários e rodapés. Não quero ter que recorrer aos externos, quando tudo tinha que ser de dentro pra fora, no ato, na hora que acontece. De tu puxar o ar e falar tudo o que te vem no impulso e que te sufoca, e depois, nem que depois aguente as consequências, mas tu fez algo. Tu deu a cara pra bater, e não se escondeu no escuro e nas desculpas. Tu disse não ou sim, largou o talvez, foi pro agora. Beijou quem tinha que beijar, sofreu o que tinha que sofrer, por algo que fez, e não pelo que não fez, pelo o que não disse, pelo o que pensou e o que faria "se".
Não me venha com "mas". "Não" ou "sim". Simples assim...



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