Relógio

sábado, 31 de agosto de 2013

Oi...



Senti meu coração pulsar acelerado quando a janela com o nome dele subiu. Resolvi contar o que sentia, com as mãos tremendo comecei: "Sempre fui contra essa historinha de amar em pouco tempo, sempre achei que pra ter amor exigia-se anos de convivência. Mas sabe, você mudou esse meu pensamento. Aquele dia em que te conheci, já te amei, sem saber, talvez. Mas amei. Quer dizer, bem, não sei se é o amor que todos dizem, mas é o meu amor, a minha definição de amor. Quando tu me olhava, meus pensamentos deliravam imaginando algo que sei que nunca acontecerá. Seu sorriso, ah, esse me encantava. Tu sorria pra mim e toda aquela vontade de deixar que as lágrimas caiam sumiam. Sempre que lembro dos meus sonhos,tu ainda está presente. Irônico dizer isso, até porque, tu sempre está presente em mim, todos os momentos. Meus pensamentos sempre estão voando, te procurando na verdade. Amo cada detalhe seu. Seu rosto, seu sorriso, sua voz, seus olhos, um diferente do outro, seu gosto musical, o jeito como se veste, o modo como andava…" 
Parei de digitar, fiquei esperando a coragem chegar. Coloquei o dedo sobre a tecla enter. Meus olhos se encheram de lágrimas, pensamentos realistas vieram à minha mente. Mesmo se eu tivesse usado as palavras mais lindas, mais doces, mesmo que eu tenha conseguido descrever um pouco do que sinto, que diferença faria? Talvez uma distanciação maior ainda de sua parte, o que me faria sofrer... ainda mais. Desisti. Enquanto enxugava as lágrimas que escorriam, dolorosamente, apagava letra por letra. Digitei: "Oi".


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