Relógio

quarta-feira, 27 de março de 2013

O Trem da vida

 

Quando nascemos, entramos
nesse trem e nos deparamos com
algumas pessoas que, julgamos,
estarão sempre nessa viagem
conosco: nossos pais.
Infelizmente, isto não é verdade.
Em alguma estação, eles descerão
e nos deixarão órfãos do seu
carinho, amizade e companhia
insubstituíveis, mas isto não
impede que, durante a viagem,
pessoas interessantes e que virão
a ser super especiais para nós,
embarquem: nossos irmãos,
amigos e amores inesquecíveis.
Muitas pessoas tomam o trem,
apenas, a passeio. Outros
encontrarão nessa viagem,
somente, tristezas. Outros, ainda,
circularão pelo trem, sempre
prontos a ajudar a quem precisa.
Muitos descem e deixam
saudades eternas. Outras tantas
passam por ele de uma forma
que, quando desocupam seu
assento, ninguém sequer o
percebe. Curioso é constatar que
alguns passageiros que nos são
tão caros, acomodam-se em
vagões diferentes dos nossos e
somos obrigados a fazer esse
trajeto separados deles, o que não
impede, é claro, que durante a
viagem, atravessemos, com
grande dificuldade, o nosso
vagão, a fim de chegarmos até
eles... só que, infelizmente,
jamais poderemos sentar ao seu
lado, pois já haverá alguém
ocupando aquele lugar. E assim é
a viagem, cheia de atropelos,
sonhos, fantasias, esperas,
despedidas... porém, jamais,
retornos. Façamos, pois, essa
viagem, então, da melhor
maneira possível, tentando nos
relacionar bem com todos os
passageiros, procurando, em
cada um deles, os que tiverem de
melhor, lembrando sempre, que
em algum momento do trajeto,
eles poderão fraquejar e,
provavelmente, precisaremos
entender isto, porque nós,
também, fraquejamos muitas
vezes e, com certeza, haverá
alguém que nos entenderá. O
grande mistério, afinal, é que
jamais saberemos em qual
parada desceremos, muito menos
os nossos companheiros de
viagem, nem mesmo aquele que
está sentado ao nosso lado. Eu
fico pensando se, quando descer
desse trem, sentirei saudades...
Acredito que sim. Separa-me de
alguns amigos que fiz nessa
viagem, será, no mínimo,
dolorido, como deixar meus
filhos, fazendo a viagem sozinho.
Isto, com certeza, será muito
triste, mas, me agarro a
esperança de que, em algum
momento, estarei na estação
principal e terei a grande
emoção de vê-los chegar com
uma bagagem que não tinham
quando embarcaram... e o que
vai me deixar feliz será verificar
que eu colaborei para que ela
tenha crescido e se tornado
valiosa. Amigo, façamos com que
a nossa estada, nesse trem da
vida, seja tranqüila, que tenha
valido a pena e que, quando
chegar a hora de
desembarcamos, o nosso vazio
deixe saudades e boas
recordações para todos aqueles
que prosseguirem a viagem...



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