Relógio

domingo, 22 de setembro de 2013

A cada mil lágrimas




Momentos de dor e tristeza todos nos já passamos algum dia... Mas o tempo passa, nos acostumamos com as mudanças e finalmente aprendemos... Que a cada mil lágrimas sai um milagre.

Reflitam!!

Em caso de dor ponha gelo 

Mude o corte do cabelo 

Mude como modelo 

Vá ao cinema. Dê um sorriso 

Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo 

Se amargo foi já ter sido 

Troque já esse vestido 

Troque o padrão do tecido 

Saia do sério, deixe os critérios 

Siga todos os sentidos 

Faça fazer sentido 

A cada mil lágrimas sai um milagre... 

A cada mil lágrimas sai um milagre... 

* * * 

A letra da belíssima canção de Itamar Assumpção e Alice Ruiz é inspiradora. 

Fala-nos de como encarar as dores do mundo com inteligência, com coragem e com estilo. 

Inteligência de quem vê na dor oportunidade de mudança e aprendizado. 

Coragem de quem aceita mudar. 

Estilo de quem sofre e ainda consegue sorrir, chorar, sem perder a linha, sem perder o passo. 

A dor chega sem aviso, de cara cruel, como um monstro invencível e desproporcional ao nosso tamanho. 

Chega destruindo tudo... E tudo parece o fim. 

Mas não... Descobrimos que ela ensina, orienta, cuida. 

É o cinzel que esculpe, que talha, que faz o bloco amorfo de mármore se transformar em estátua, em obra de arte. 

A dor é o convite à mudança de hábitos, de pensamento, de rumo, talvez. 

Trocar o vestido da alma é renová-la. Mudar o padrão de seus tecidos é não permanecer preso às mesmas ideias, aos mesmos vícios. 

É necessário deixar a vida fazer sentido. 

Uma vida sem sentido é quase como uma escuridão. Nada se vê, nem a si próprio. Nada se encontra, pois não se sabe onde está e onde se deve chegar. 

E o milagre após as lágrimas é tantas coisas!... 

O milagre de se encontrar, de ver a si mesmo com suas forças e fraquezas, mas sem máscaras, sem ilusões. 

O milagre de perceber que se está melhor, que as feridas cicatrizam sempre, e que ali a pele se torna mais resistente. 

O milagre do recomeço, de nascer de novo, de se dar nova chance. 

O milagre de descobrir os amores ao redor, e quanto prezam por nós; de descobrir aqueles que nunca nos abandonam, não importa o que aconteça. 

O milagre de saber que a vida procura nos levar sempre para cima, para diante, e nunca para trás, e a dor é lei de equilíbrio e educação. 

A cada mil lágrimas sai um milagre. 

* * * 

O sofrimento, muitas vezes, não é mais do que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas. 

Mas, sendo partilha de todos, deve ser considerado como necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condição do progresso. 

Todos os seres têm de, por sua vez, passar por ele. Sua ação é benfazeja para quem sabe compreendê-lo. 

Mas, somente podem compreendê-lo aqueles que lhe sentiram os poderosos efeitos.



(Redação do Momento Espírita, com base na letra da música Milágrimas, de Itamar Assumpção e Alice Ruiz e pensamentos finais extraídos do cap XXVI do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb)

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