Relógio

quinta-feira, 13 de março de 2014

Então...


Me recuso a acreditar que toda vida é definida por algum desses conceitos pré-estabelecidos pelos homens. Ao mesmo tempo, não consigo explicar porque um monte de coisas determinantes acontecem. A esses momentos não vejo problema nenhum em atribuir etiquetas. Destino, por exemplo, é essa linha já escrita, às vezes mal traçada, dizendo como tudo vai se desenrolar e que não adianta ir contra ele. É tão clichê quanto falar de acaso. Aliás, acaso é quase que subentender que algo caiu no colo sem querer. Ignora-se qualquer esforço, qualquer movimento de antes para alcançar um objetivo, qualquer lance de sorte. Nossa, vamos falar de sorte mesmo? Quer coisa mais abstrata que isso? Lado a lado com o azar, talvez a sorte seja apenas uma questão da perspectiva de cada um. No fundo, acho que é uma conjunção de fatores que nos leva a alcançar o que queremos. Tudo junto e misturado. Tudo numa confusão de planejamentos e improvisos, desembocando nas consequências de nossas próprias escolhas. E o que é isso, de verdade, eu já não sei. Não deve valer à pena rotular com algum nome específico. Deve ser Destino. Ou acaso. Ou, então, algo bem mais forte.



(Gustavo Lacombe)



Nenhum comentário:

Postar um comentário