Relógio

domingo, 8 de julho de 2012

A amizade



é o mais belo afluente do amor,
ela ajuda a resolver,
com paciência,
as complicadas equações
da convivência humana.

A amizade
é tão forte quanto o amor,
ela o educa,
sinalizando o caminho da coerência,
apontando as veredas da justiça
controlando os excessos da paixão.

A amizade
é um forte elo que une pessoas
na corrente do querer.

Amizade
é cola divina,
cola demais,
pode doer.
A amizade
tem muito mais
juízo que o amor,
quando ele se esgota
e cisma de ir embora,
ela se propõe a ficar
vigiando
o sentimento que sobrou.

(Ivone Boechat)




3 comentários:

  1. Aquela mulher é minha mãe!


    Aquela mulher, com brilho no olhar,
    firmeza inabalável,
    passos apressados, voz forte,
    desafiou a todos,
    a si mesma desafiou muito mais,
    nunca se deteve... avançou em paz.
    É a mesma mulher que na solidão,
    na pobreza ou na fartura,
    dividiu tudo o que sempre conquistou.
    Essa mulher
    que passou por cima da brasa
    dos seus próprios medos,
    caminhou enfrentando
    a resistência do movimento
    dos sem ideal,
    dos sem meta, dos sem coragem...
    Aquela mulher atravessou montanhas,
    percorreu caminhos de pedra,
    chorou em silêncio, sozinha,
    confiou,
    mesmo quando lhe afirmavam
    que o mundo ia desabar.
    Aquela mulher
    é minha mãe!
    Ela não seguiu os sinais no caminho
    apontados para o fracasso,
    sofreu, viveu,
    viverá sempre,
    em tudo ou toda obra,
    porque vai deixar muito mais
    para frente do que para trás.

    Ivone Boechat

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  2. Sou mulher

    Sou mulher,
    com as aflições e a inspiração do poeta,
    o esplendor e a serenidade das mães!

    Sou uma canção de ninar,
    experimentadora dos sabores do tempo,
    estrela da constelação familiar!

    Sou letra e música da canção
    do mais puro sentimento
    que a mulher é capaz de cultivar!

    Sou feita síntese do segredo de amar,
    tenho fases minguante e cheia,
    assim como o luar!

    Ivone Boechat

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  3. Que mulher é essa?

    Que mulher é essa
    que não se cansa nunca,
    que não reclama nada
    que disfarça a dor?
    Que mulher é essa
    que contribui com tudo,
    distribui afeto,
    tira espinhos do amor!
    Que mulher é essa
    de palavras leves,
    coração aberto,
    pronta a perdoar?
    Que mulher é essa
    que sai do palco,
    ao terminar a peça,
    sem chorar?
    Essa mulher existe,
    sua doçura resiste,
    às dores da ingratidão,
    resiste à saudade imensa,
    resiste ao trabalho forçado,
    resiste aos caminhos do não!
    Essa mulher é MÃE,
    linda, como todas são.

    Ivone Boechat

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